Em Você, Sem Você: A meditação shamata provê uma plataforma para a exploração das profundezas do espaço da mente. | Alan Wallace

O Caminho de Shamatha

O vídeo acima é uma representação do caminho de Shamatha, conforme explica Jeanne Pilli no Equilibrando.me: “Esta é uma linda representação do caminho de Shamatha, a meditação da quiescência ou calmo permanecer, amplamente utilizada em todas as tradições contemplativas.

O elefante aqui representa a mente, que antes do treinamento, está tomado por aflições, medos e expectativas, representados pela cor escura.

O praticante, representado aqui pelo monge, é quem vai treinar a mente. Com a atenção plena – representada pela corda – o praticante procura manter a mente focada no objeto de escolha, e com a vigilância – representada pelo gancho – o praticante monitora a qualidade do foco da atenção.

O macaco representa um dos desequilíbrios da atenção – a distração. Ele tenta arrastar o praticante para todos os objetos dos cinco sentidos – representados pelo tecido (tato), frutas (paladar), perfume (olfato), címbalos (audição) e espelho (visão).

O coelho representa aqui o outro tipo de desequilíbrio da atenção – o embotamento, que pode culminar na sonolência.

Ao longo do caminho, o entusiasmo e também o esforço necessários para a prática são representados pelo fogo.

Aos poucos, o praticante vai domando a mente, até que ao final, livre das distrações e da lassidão, completamente clara. No final do caminho, a concentração perfeita é atingida. O praticante voando representa o bem-estar físico; e o elefante voando representa o bem-estar mental. Montando o elefante, o praticante passeia por todo o arco-íris, empunhando a espada flamejante do perfeito discernimento.”

Em Você, Sem Você

Como um telescópio lançado em uma órbita além das distorções da atmosfera terrestre, a meditação shamata provê uma plataforma para a exploração das profundezas do espaço da mente.

Por ALAN WALLACE

Fui atraído pela prática de shamata desde a primeira vez que me foi apresentada, no início dos anos 1970. Imediatamente fiquei intrigado pela possibilidade de usar os métodos de shamata (palavra que literalmente significa “quiessência”) para explorar em primeira mão a natureza da mente. Tais práticas conduzem a estados avançados de samadhi, ou concentração mental, onde a pessoa é capaz de focar com atenção inabalável um único objeto. Esse objeto pode ser pequeno como um ponto ou vasto como o espaço, portanto, não implica necessariamente em um estreitamento do foco, somente a coerência da atenção focada. Isso é a que o Budismo Tibetano se refere quando fala em “atingir shamata” e “acomodar a mente em seu estado natural”.

Após estudar e praticar Budismo por dez anos, dediquei outros quatro a explorar retiros solitários na Ásia e Estados Unidos, treinando primeiramente sob a tutela de Sua Santidade o Dalai Lama e mais tarde com o monge e erudito Balangoda Ananda Maitreya, do Sri Lanka. Ambos esses excelentes professores mencionaram que atingir-se shamata hoje em dia é muito raro. Mais de uma década depois fiz minha primeira viagem ao Tibete para descobrir se nesse país ainda existiam contemplativos que haviam atingido shamata. Descobri que tais pessoas existiam, mas eram poucas e sua ocorrência bastante remota.

O propósito de shamata é atingir os estados de samadhi chamados dhyana, ou estabilizações meditativas. São quatro dhyanas que correspondem a estados cada vez mais sutis de samadhi. O Buda enfatizou fortemente a importância de atingir-se ao menos o primeiro dhyana para se atingir a libertação pessoal. Essa idéia é muito bem ilustrada por um uma reviravolta crucial na busca do Buda pela iluminação. Após seis anos praticando austeridades, e tendo reconhecido a ineficiência de seu esforço, o príncipe Gautama lembrou-se de uma ocasião durante sua juventude em que ele entrou espontaneamente no primeiro dhyana. Relembrando essa experiência, veio a questão: “Será esse o caminho para a iluminação?” Gautama lutou para recuperar esse estado elevado de consciência e, após conseguir, rapidamente atingiu a iluminação.

No processo de atingir o primeiro dyana, a mente ordinária e o sentido de identidade pessoal se dissolvem em um continuum mental subjacente, sutil, que em geral é experimentado somente durante o sono sem sonho e na morte. Quando esse continuum é acessado através de shamata, verifica-se que ele possui três qualidades características: bem aventurança, luminosidade e não-conceitualidade. Essa consciência estável, vívida – como um telescópio lançado em uma orbita além das distorções da atmosfera terrestre -provê uma plataforma para explorar as profundezas do espaço da mente.

De acordo com Buddhaghosa, o mais competente comentarista do Budismo Theravada, com o atingimento do primeiro dhyana, pode-se sustentar um samadhi perfeito, livre da mais sutil lassidão ou excitação, por um dia e noite inteiros. Enquanto uma pessoa descansa nesse estado, os cinco sentidos são completamente recolhidos para a consciência mental, assim ela se abstrai do mundo físico e a mente entra em um estado calmo, de silêncio luminoso. Uma grande vantagem de se atingir o primeiro dhyana é que os cinco obstáculos ficam temporariamente dormentes. São eles (1) o desejo sensual, (2) a malícia, (3) a sonolência e a letargia, (4) a excitação e o remorso e (5) a dúvida – que obscurecem a natureza essencial da mente, ou seja, o sutil, luminoso continuum de consciência mental a partir do qual todos os estados ordinários despertos e a consciência de sonho emergem. O Buda enfatizou a importância de superarmos os cinco obstáculos, declarando, “Enquanto esses cinco obstáculos não forem abandonados, você pode considerar-se endividado, doente, amarrado, escravizado e perdido no deserto.”

Mais tarde, contemplativos Buddhistas estabeleceram uma distinção entre o verdadeiro estado do primeiro dhyana e um grau de samadhi ligeiramente menor que fica no limiar do primeiro dhyana. Esse ponto limitrofe é chamado “concentração de acesso” (Pali, upacarasamadhi), na qual os cinco obstáculos estão tão dormentes quanto estariam no primeiro dhyana, mas o samadhi é um pouco menos robusto. Ao invés de ser capaz de descansar em um samadhi constante por vinte e quatro horas, um indivíduo pode manter-se assim por apenas quatro horas – bem além do que é considerado possível pela psicologia moderna.

Ensino shamata há mais de 30 anos e incontáveis pessoas com treinamento em Teravada, Zen e Budismo Tibetano me falaram que apesar de meditar há anos, suas mentes ainda estão sujeitas à agitação e embotamento. Apesar de terem sido treinadas nas práticas mais avançadas das tradições citadas, nunca estabeleceram uma fundação sólida em práticas mais elementares de shamata. Também tenho ouvido de muitas pessoas que dizem ter atingido shamata e dhyana, que teriam levado apenas dias, semanas ou alguns meses para chegar a tanto. Mas apesar de tais relatos, poucos parecem ser capazes de manter um samadhi perfeito com os sentidos totalmente recolhidos por no mínimo quatro horas.

Talvez a descoberta mais crítica do Buda ao lançar sua revolução contemplativa na Índia foi o poder de liberação de atingir o primeiro dhyana através da prática de shamata e então cultivar vipashyana, ou insight contemplativo sobre os aspectos essenciais da realidade (tais como a impermanência, a natureza do sofrimento e a não existência de um self independente, ou ego) . O poder transformativo da meditação budista ocorre quando a estabilidade e a vivacidade de shamata são unificadas com os insights penetrantes de vipassana. Shamata sozinha é um alívio temporário das causas fundamentais do sofrimento e vipassana sozinha fornece apenas vislumbres fugazes da realidade. Somente com o poder estabilizador de shamata é que os insights adquiridos com vipassana conseguem saturar completamente a mente, finalmente libertando-a de maneiras profundamente arraigadas de compreensão errônea da realidade.

A estrutura fundamental do caminho do Buda para a liberação consiste de três elementos de treinamento espiritual: disciplina ética, samadhi e sabedoria. Nesse contexto triplo, o termo samadhi refere-se não só a atingir a concentração meditativa, mas também ao cultivo de saúde mental e equilíbrio excepcionais através do cultivo de gentileza amorosa, compaixão e assim por diante. Praticar disciplina ética é similar a construir um observatório astronômico limpo, desenvolver samadhi é como criar um telescópio de alta resolução apoiado em uma plataforma estável e cultivar sabedoria é como usar esse telescópio para explorar o firmamento. O Buda indicou repetidamente que o primeiro dhyana é a base necessária para se realizar os benefícios de vipassana.

A disciplina ética é a base para o desenvolvimento de samadhi. Dessa forma, a ética pode ser vista de forma pragmática: nada mais é do que cultivar modos de conduta do corpo, fala e mente que contribuem para o refinamento da mente até o ponto de atingir dhyana, e evitar os tipos de comportamento que minam o bem estar mental. Quanto mais avançada for nossa prática meditativa, mais pristinamente pura deve ser nossa conduta. É por isso que Padmasmabhava, que foi quem primeiro introduziu o Budismo no Tibete no século oito, declarou, “apesar de minha visão ser mais alta que o céu, minha conduta no que diz respeito à causa e efeito é mais refinada que farinha de cevada”.

O Buda comentou que praticar vipassana sem o suporte de shamata é como mandar um ministro negociar com bandidos sem que tenha um guarda costas para protegê-lo. Mas atingir shamata pode requerer muitos meses de prática uni-focada e meditando-se dez horas por dia. O que em um primeiro momento pode parecer impraticável (quem tem tempo para isso?), mas considere que isso é bem menos tempo do que se leva para obter um diploma em astronomia. Se o estudo do firmamento fosse deixado para observadores sem instrumentos, ainda acharíamos que existem somente três mil estrelas circulando em volta da terra ao invés de sabermos que a terra circula ao redor do sol, que é uma das centenas de bilhões de estrelas da Via Láctea, que é uma das cinqüenta a cem bilhões de galáxias do universo. Que descobertas nos aguardam quando aplicarmos o telescópio de shamata para explorar as profundezas do espaço da mente!

Em seus ensinamentos registrados nos cânones Pali, o Buda afirma que sem samadhi é impossível se obter realização, e mais especificamente ele declara que a libertação dos cinco obstáculos (o principal propósito e benefício de atingir dhyana) é uma condição necessária para chegarmos ao fluxo de entrada, o ponto em que um indivíduo alcança pela primeira vez a união não conceitual de shamata e vipassa na realização do nirvana. Shantideva, um adepto budista do século VIII também escreveu, “Sabendo-se que um indivíduo bem versado na união de shamata e vipassana erradica as aflições mentais, devemos primeiro buscar shamata”.

Na prática Zen, está claro que mesmo não tendo atingido totalmente shamata, pode-se experimentar kensho, uma realização transitória da natureza búdica. Mas para atingir-se satori, a iluminação irreversível de um Buda, a realização inicial deve estar apoiada em um alto grau de estabilidade mental. Por isso a concentração na respiração é comumente praticada na tradição Zen, para estabilizar a mente a fim de que a experiência do “despertar repentino” não se desvaneça assim que aparecer. Quantos de nós já não tivemos experiências extraordinárias em nossa prática de meditação, só para descobrir que elas rapidamente desaparecem, deixando apenas uma memória nostálgica? Uma vez que a palavra japonesa Zen vem da chinesa chan, que por sua vez vem da palavra sânscrita dhyana, seria estranho que o atingimento de dhyana fosse negligenciado nas escolas orientais do budismo.

Na prática de Dzogchen, a escola da Grande Perfeição do Budismo Tibetano, shamata não é menos importante. De acordo com o texto “Libertação Natural” atribuído a Padmasambhava, “sem que shamata genuíno surja no continuum mental, mesmo que rigpa [consciência prístina] seja apontada, ela torna-se não mais que um objeto de compreensão intelectual; fica-se apenas com o discurso sobre a visão e há o perigo de se sucumbir ao dogmatismo. Assim, a raiz de todos os estados meditativos depende disso. Portanto, não seja introduzido a rigpa muito cedo, mas pratique até que ocorra uma excelente experiência de estabilidade.” Lerab Lingpa, um mestre Dzogchen do século XIX, também enfatizou a importância de shamatha para a prática Vajrayana em geral, declarando ser “uma base sólida para o surgimento de todos os samadhis dos estágios de geração e completitude”. É muito significativo fazer um retiro Vajrayana de três anos, mas sem a base de shamata, nenhuma meditação Vajrayana terá plena fruição.

Por mais generalizado que esse conselho seja nas tradições Teravada, Mahayana e Vajrayana, ele tem sido amplamente negligenciado nos últimos tempos. Dudjom Lingpa, um mestre Dzogchen do século XIX, comentou que “entre as pessoas embrutecidas desta era de degenerescência, muito poucas parecem atingir mais que uma estabilidade fugaz”. Se isso era verdadeiro no Tibete nômade a mais de um século atrás, mais verdadeiro ainda deve ser hoje.

Dada a importância vital de shamata para todas as escolas de Budismo, devemos enfrentar a questão de frente: Por que essa realização é tão rara? Atingir-se shamata é um resultado, e se o resultado é raro, deve ser devido à raridade das causas e condições necessárias. Retornando-se a analogia com o diploma em astronomia, esse resultado seria impossível sem que tivéssemos instrutores qualificados, observatórios bem equipados e suporte financeiro para os estudantes. Da mesma forma, para os aspirantes a contemplativos no mundo moderno atingirem shamata, eles devem ser guiados por professores qualificados, ter um ambiente que contribua para um treinamento contínuo e devem ter suporte financeiro para que possam se comprometer com o treinamento. Enquanto os pré-requisitos para se conseguir um diploma em astronomia são relativamente comuns no mundo moderno, os pré-requisitos para atingir-se shamata são raros. Portanto, naturalmente essa realização tem que ser rara.

Apesar da semelhança superficial entre obter um diploma em uma área como astronomia e atingir shamata, os pré-requisitos para shamata são muito mais rigorosos. Kamalashila, um contemplativo Budista do século dezoito que teve papel determinante na disseminação do budismo no Tibet, fez um relato preciso das condições internas e externas necessárias para se atingir shamata. Além de ter um professor qualificado como guia, a pessoa deve ser capaz de praticar continuamente – até atingir shamata.- em um ambiente silencioso, saudável e agradável onde suas necessidades materiais sejam facilmente atendidas. Ele disse que é crucial ter bons companheiros cuja disciplina ética e visão sejam compatíveis com a da própria pessoa. Esses são os requisitos externos.

Os requisites internos exigem ainda mais: deve-se ter poucos desejos por coisas que não se possui e grande contentamento com aquilo que já se possui, não se deve ficar sempre em busca de melhores acomodações, comida, acessórios, etc. Até que se atinja shamata deve-se ter um estilo de vida simples com a menor quantidade possível de atividades alheias à prática – como socializar, fazer negócio ou entretenimento. Deve-se manter um padrão de disciplina ética excepcionalmente alto, evitando todo tipo de conduta de corpo, fala e mente que minem seu próprio bem estar ou dos outros. E por fim, tanto durante quanto entre as sessões formais de meditação, deve-se superar o hábito profundamente arraigado de deixar com que a mente seja levada por pensamentos e ruminações. O patamar básico do meditador deve ser silêncio, calma e consciência alerta.

O sábio indiano do século XI, Atisha, alerta: “Se lhe falta os pré-requisitos para shamata, você não atingirá samadhi nem em mil anos, independente de quão diligentemente praticar”. O mestre tibetano do século XIV, Tsongkahpa comentou que entre os pré-requisitos acima citados, os mais importantes são, residir em um ambiente apropriado, ter poucos desejos, e manter excelente disciplina ética. Além disso, dentro do contexto de prática Mahayana, ele ainda diz que as primeiras quatro perfeições – generosidade, ética, paciência e entusiasmo – servem com as pré-condições para a quinta, que é dhyana.

Se o objetivo for atingir um grau mais elevado de equilíbrio mental e bem estar, pode ser muito útil praticar shamata por uma ou duas horas por dia durante uma vida ativa e socialmente engajada, sem a expectativa de ir muito longe no caminho pra atingir o primeiro dhyana. Por outro lado, o modo ideal de prática para realmente se atingir shamata é entrando em retiro e praticando continuamente e unifocadamente por dez a doze horas por dia todos os dias, não por apenas um ou dois meses, mas até que se atinja esse estado sublime de equilíbrio meditativo. A partir de então, pode-se entrar em samadhi conforme se desejar, mesmo em meio a uma vida socialmente ativa, e usar isso como base para todas as práticas meditativas mais avançadas.

Tal retiro em solidão pode não ser necessário para todos. Se uma pessoa estiver verdadeiramente dedicada a atingir shamata, ela pode meditar formalmente por apenas seis horas diárias, e mesmo interagindo com outras pessoas entre as sessões, ainda assim pode progredir na prática. Aqui, o estilo de vida é crucial. Se o progresso que se faz durante as sessões for maior que o declínio entre as sessões, não há motivo por que alguém não deveria atingir shamata, mesmo que demore mais do que se estivesse meditando dez horas por dia.

Especialmente em tais circunstancias, a boa qualidade do ambiente e da companhia são fundamentais: se elas realmente servirem de suporte para a prática, como descreveu Kamalashila, é possível que se obtenha sucesso. Caso contrário, podem dificultar a prática, mesmo que se continue praticando a vida toda. Apenas saber como praticar shamata e ter confiança de que é possível atingir, não é suficiente. Deve-se ter certeza de que todos os pré-requisitos estão completos, caso contrário, rumaremos à decepção.

A atual marginalização de shamata por ter sido causada em parte pela consciência de que os pré-requisitos necessários são quase inexistentes no mundo de hoje. Por que encorajar as pessoas a plantar em uma terra infértil? Isso realça a urgência de se criar oportunidades de treinamento autêntico em shamata, de se desenvolver centros de retiro de baixo custo, acomodações adequadas àqueles que buscam praticar por meses ou anos a fim de atingir shamata e obter suporte financeiro para aqueles que se dedicam a tal prática uni-focada.

Se tais oportunidades tornarem-se disponíveis para os meditadores sérios, logo estaremos em um mundo onde numerosos praticantes atingem shamata e, com essa base, continuam no caminho obtendo realizações autênticas e duradouras que liberam a mente de suas aflições e obscurecimentos de maneira profunda e irreversível. Esses praticantes, então, poderiam pela primeira vez ajudar a esclarecer o impressionante ponto cego que existe no centro da modernidade: a compreensão da consciência.

Por que isso é importante? Porque um mundo que realmente compreende e a natureza da consciência poderia se afastar dessa armadilha do consumismo hedônico em direção ao recurso infinitamente renovável da felicidade genuína, que é cultivada através do treinamento da mente.

Um mundo que realmente compreende a natureza da consciência acabará por partilhar uma ética universal e empiricamente verificável. Em um mundo que de fato compreende a natureza da consciência, as grandes religiões podem redescobrir suas raízes contemplativas e explorar suas mais profundas semelhanças. Há setecentos anos, os ensinamentos da Grécia clássica chegaram ao ocidente e a idade das trevas deu lugar ao Renascimento e à modernidade. Será que os ensinamentos do oriente novamente inspirarão uma profunda renovação social? Será que shamata nos fornecerá a peça que estava faltando para nos ajudar a unir nosso mundo profundamente fragmentado e problemático? Temos um grande desafio a nossa frente, uma grande oportunidade está em nossas mãos.

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